Passamos o dia todo comandando ações do nosso corpo, como comer, falar, correr, pensar e etc. O período do sono é o momento-chave em que o nosso corpo tem a chance de descansar e executar as funções fundamentais como reparar os danos celulares, organizar as informações captadas durante o dia, detoxificar o que for preciso, produzir hormônios, enfim, é quando ele pode se organizar sem ser comandado pela nossa consciência. E o maestro desta orquestra se chama melatonina. Alguns fatores interferem na produção de melatonina pelo nosso organismo, tais como: alimentar-se muito tarde com carboidratos de alto índice glicêmico (ocorrendo portanto picos de secreção de insulina), estressar-se ou aborrecer-se durante a noite (ocorrendo liberação do hormônio cortisol, que é contrarregulador da secreção da melatonina), barulho e luminosidade (reduzindo a liberação de melatonina), poluição eletromagnética (como celulares carregando do lado da cama ou roteadores de sinal de internet dentro do quarto, pois as ondas eletromagnéticas do aparelho interferem com as ondas cardíacas e cerebrais). A principal função da melatonina é a regularização do ciclo circadiano, iniciando sua produção a noite e reduzindo pela manhã com o início da produção do hormônio cortisol. Além de induzir e comandar o processo de sono, a melatonina age como um potente antioxidante celular, modulador imunológico e reparador de danos celulares, reduzindo inclusive o risco de câncer (alguns hospitais aderiram ao uso de melatonina em altas doses com finalidade de melhora do sono, da reparação celular e da imunidade). O uso de melatonina com finalidade médica deve ser embasado na necessidade pessoal de cada paciente e além de todos seus benefícios, é uma medicação bioidêntica ao nosso organismo, ou seja, não induz à dependência (ao contrário de outras substâncias usadas no tratamento da insônia). Quer uma melhor qualidade de vida no seu dia-a-dia? Comece dormindo melhor.

Dr Jorge Chade Rezeck CRM 140.333