Ir para o conteúdo

Notícias e Dicas para Pacientes

Quase personalizadas: Refeições de pacientes do Hospital São Jorge destacam-se pelos ingredientes frescos e cuidados no preparo

Responsável pela criação dos cardápios para pacientes do Hospital São Jorge, a nutricionista Kelly Correa fala com orgulho sobre o trabalho que vem desenvolvendo ao lado de outras cinco colaboradoras na cozinha do local. “Desenvolvemos dietas padronizadas, leves, pastosas, geral, para hipertensos e para diabéticos. Todas as refeições são produzidas após os médicos prescreverem qual o tipo de dieta o paciente internado deve consumir”, diz.
 
Mas, engana-se quem pensa que o processo é impessoal, pelo contrário, a nutricionista faz questão de ouvir a opinião dos pacientes, para então discutir com os médicos possíveis adequações. “Tentamos atender ao máximo e fazer as substituições possíveis quando um paciente não gosta de um determinado alimento, tem dificuldade em ingerir algum ingrediente mais duro ou algo do tipo. Tudo sempre levando em consideração o quadro clínico do paciente e o que será nutricionalmente positivo para ele ingerir”, afirma.
 

Reeducando paladares

 

Apesar das tentativas de adaptação da cozinha para atender aos pacientes, Kelly explica que o contrário também acontece. “Muitas vezes o paciente não está aberto a experimentar e ingerir os alimentos indicados para ele, então cabe a nós buscarmos formas interessantes para convencê-lo da importância de se alimentar corretamente”, diz.
 
No caso dos diabéticos, por exemplo, além das bebidas como chá e café não serem adoçadas, o setor não envia açúcar a parte, mas sim a opção de adoçantes mais indicados para quem apresenta este quadro. Além disso, todos os carboidratos servidos para esses pacientes são integrais.  “Muitos pacientes têm muita resistência a experimentar, mas grande parte também está aberta a conhecer novos sabores e entendem a importância da alimentação para a saúde. Depois da alta, essas pessoas agradecem, mandam mensagens carinhosas em redes sociais, o que torna nosso trabalho ainda mais gratificante”, afirma.
 
Mas, mesmo com o amplo conhecimento sobre o fundamental papel da alimentação nestes casos, a nutricionista afirma que ainda enfrenta um problema no controle da dieta dos pacientes. “Fazemos o nosso melhor no hospital, mas alguns familiares insistem a trazer alimentos não indicados para os pacientes. Nós entendemos que é uma atitude sem má intenção, porém acaba prejudicando o tratamento”, diz.
 

Comida de hospital pode ser saborosa

 
Kelly Correa conta ainda que uma de suas grandes preocupações é oferecer uma alimentação balanceada, mas ao mesmo tempo saborosa de acordo com a necessidade de cada paciente. E ela acredita que consegue cumprir o objetivo.
 
Quase não usamos produtos industrializados, investimos em temperos frescos como alho, cebola, cheiro verde e outras ervas. Além disso, a nutricionista afirma que com algumas adaptações, consegue servir até alimentos improváveis a alguns pacientes que não têm grandes restrições. Em algumas ocasiões conseguimos servir bolo, pão de queijo e de batata, queijo branco e até uma feijoada.
 
“Tentamos não tornar a alimentação monótona nem mesmo com as frutas, que variamos sempre: pêssego e fatias de melancia são algumas das que incluímos na dieta de alguns dos pacientes internados”, diz.
2991

Profissionais altamente qualificados, prontos para atender você. Corpo Clínico

Corpo Clínico