Por Dr. Noel Arantes de Souza Junior

Por mais que para muitos pareçam “sinônimos”, na medicina, “Urgência” e “Emergência” são palavras bem distintas, fato que pode influenciar totalmente o atendimento.

A URGÊNCIA, é qualquer situação que precisa ser resolvida rapidamente, porém dentro de um período de tempo relativamente maior, menos imediatista. Como entorse, fraturas sem gravidade, luxações, doenças infectocontagiosas (dengue (menos a hemorrágica), catapora, sarampo), neoplasia malignas (Câncer), hipertensão arterial, entre outras.

Já a EMERGÊNCIA MÉDICA é qualquer situação que deve ser resolvida de imediato, tempo de ação que se não respeitado, representa risco de morte iminente à pessoa. Entre os casos de emergência, podemos citar Infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (derrame), hemorragias graves e crise hipertensiva.

Muitas pessoas procuram o Pronto-Socorro achando que a sua “urgência” é uma “emergência” e acabam por piorar algumas vezes o seu quadro clínico. Um exemplo clássico do que eu disse acima é o paciente hipertenso crônico que chega no pronto socorro com dor de cabeça e acha que é a pressão arterial “descontrolada” a culpada pela dor, quando na maioria das vezes é o contrário a dor de cabeça que está fazendo a pressão subir. Se não houver uma boa condução do quadro por parte do médico, a “hipotensão” causada pela medicação anti-hipertensiva pode,em alguns casos, levar a um AVC isquêmico… e o que era uma “URGÊNCIA” (dor de cabeça em um paciente hipertenso) transformou-se em uma “EMERGÊNCIA” (AVC isquêmico).

Então, por mais evidente que seja o quadro clínico para o leigo (…pois todo mundo é um pouquinho medico também), procure sempre o bom atendimento e o profissional capacitado para o esclarecimento do que está realmente acontecendo com você… ou você pode pagar o preço com a sua saúde em achar que urgência e emergência são a mesma coisa.